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O Principezinho parte I

Principezinho parte II

O Principezinho parte III

sexta-feira, 26 de março de 2010

Já apresentámos a nossa peça de teatro.


Flautista de Hamelin
(Os actores viram a cara com desdém)

Miguel - Esta história é uma lição,
Carol - Que devemos aprender:
Alexandra – Uma promessa é para cumprir
José – Nunca é para esquecer.
Rita- Era uma vez…(imitam sons da cidade) uma cidade chamada Hamelin. Os seus habitantes eram muito egoístas e, por isso, não havia quem não tivesse ouvido falar desta terra.
Bruno - De quem?! Hamelin? Nem quero ouvir falar!
Rodrigo - Egoístas!
Leandro- Interesseiros!
Carolina - Cobiçosos!
Todos - Lambareiros!
Joana - Um dia, Hamelin foi invadida por milhares de ratos. Andavam por todo o lado e destruíam tudo aquilo que encontravam. Os habitantes não sabiam o que fazer, para acabar com esta praga.
Margarida – Ai, ai, já não sei o que fazer! Cada vez há mais ratos!
Alexandra - Eu já pus ratoeiras por todo o celeiro, mas os ratos não me deixam o dia inteiro!
Carol – Eu tenho a minha horta totalmente destruída. Maldita rataria!
Miguel – Maldita rataria!
José – Maldita rataria!
Todos – Maldita rataria!
Rita – E o pior é que parecia que, em cada dia que passava, ainda havia mais ratos em Hamelin.
José - Alguém tem que fazer alguma coisa!
Todos - Sim! Sim! Isto tem que ter um fim!
Joana – Entretanto, chegou à cidade um rapaz vindo de longe. (Entra o Abel a tocar flauta) Ao perceber o desespero da população, ofereceu-se para resolver o problema:
Abel –Podeis confiar em mim
Saberei o que fazer.
Com a ajuda da minha flauta
Os ratos vão desaparecer.
Pedro – Ah, ah, ah! Mas como é que tu, só com uma flauta, uma pequena e simples flauta vais conseguir aquilo que nós, todos juntos, não somos capazes?
Abel – Se digo que faço, assim o farei! Não é meu hábito desistir e também nunca falhei!
Pedro – Pois fica sabendo, que se fizeres o que dizes receberás um saco com cem moedas de ouro… Cem moedas, de ouro verdadeiro, como recompensa!
Rita- Não havia tempo a perder, o rapaz sacou da sua flauta e começou a tocar. Percorreu a cidade de lés a lés e, de todo o lado, começaram a sair ratos e mais ratos. Encantados com música, os animais seguiram-no, saíram de Hamelin e o Flautista encaminhou-os para muito longe.
Joana – Para muito, mas muito longe! Levou-os para um lugar de onde era impossível voltar! O flautista estava radiante e muito, mas muito feliz.
Abel – Amanhã regressarei,
Hamelin estará diferente.
Em paz, livre de ratos
E contente, a sua gente!
Rita – No dia seguinte, o flautista voltou para pedir a recompensa a que tinha direito. Dirigiu-se ao alcaide e disse:
Abel – Como vês, cumpri a minha palavra. Agora venho buscar o saco de moedas que me prometeste! As cem moedas de ouro que me pertencem!
Joana – O Alcaide sem lhe dar muita importância estendeu-lhe um saco…
Abel – (olhando para dentro do saco) Pedras? Tu prometeste-me cem moedas de ouro e agora dás-me um saco cheio… mas de pedras? Não foi este o nosso acordo! Como pude em vós confiar?
Pedro – Sabes, depois de ver o que vi, de sentir o que senti, pensei e de tudo isso mudei!
Afinal, tu só tocaste
Uma simples melodia…
Não achas isso muito pouco
Para tamanha regalia?
Abel – Faltaste à palavra, que me deste no outro dia! E por não a teres cumprido, esta cidade pagará, a tua ousadia!
Rita – Quando anoiteceu, o rapaz voltou a percorrer Hamelin. No entanto, desta vez a música que tocava era outra.
Joana – O flautista deu voltas e mais voltas… e a sua estranha melodia ecoava pelo ar, da torre da igreja até ao alto mar!
Rita - E como se fora de dia e em outro lugar, as crianças saíram de casa em estranha sintonia e cada uma seguia, aquele som, lindo de encantar...
Rita e Joana – Nem uma criança ficou para contar!
Abel – Vou levar estas crianças
Deixar Hamelin infeliz
Sem brinquedos, sem cantigas,
Sem sorrisos infantis!
Joana – Na manhã seguinte, na cidade, ninguém queria acreditar no que se estava a passar.
Rita - Ainda tentaram encontrar o rapaz e saber para onde teria levado as crianças, mas em vão.
Bruno - Mas onde é que eles estão?
Rodrigo - O que vais ser de nós sem a sua alegria?
Carolina – Acabaram-se as esperanças!
Leandro – Que terrível maldição!
Margarida – É a nossa perdição!
Joana – E era verdade! Já não se ouviam as gargalhadas das crianças a brincar…
Rita – Já nem se ouvia criança alguma a cantarolar…
Abel – Nunca mais será o mesmo
O povo desta cidade!
Por quebrar uma promessa
Ficará, para sempre, nesta infelicidade.
(Olham uns para os outros com desdém.)
Miguel - Esta história é uma lição,
Carol - Que devemos aprender:
Alexandra - Uma promessa é para cumprir
José - Nunca é para esquecer.

Adaptação do Prof. Américo Pereira